sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Amigalhaço

Choro, choro bastante, sou um chorão, sou sentimental, sou talvez um bébé que chora sem se saber porquê, choro porque gosto, choro porque me lembro, nem sempre choro com lágrimas, nem sempre se vê que realmente choro, mas choro sempre na minha mente, no meu coração, nos meus sentidos, porque eram eles que realmente te conheciam, eram eles que sabiam quando estavas contente, triste, triste nunca te vi, descontetente também não, contente sim, a rir, sim, porque era esse o teu sentimento quando falavas comigo, quando estavas comigo, ou quando me chamavas campeão. Nesse momento o mundo deixava de significar para mim, tu eras o meu mundo, eras tudo o que para mim importava, eras a minha razão de viver, porque tu, sim, tu, eras sincero comigo, eras mais que um amigo, tu eras aquela pessoa que eu sabia que nunca me iria defraudar, por mais que te custasse fazias sempre um esforço, um sorriso, uma palavra ou um simples gesto, o piscar o olho quando não aguantavas de sofrimento, o sorriso que demonstravas sempre que me vias, ou quando dizia algo, mesmo sem nexo, só, sim, só para tentar ver feliz, como sempre gostei de te ver, como sempre foste, como sempre me demonstras-te como ser. Foste um exemplo para mim, sempre, até ao fim, sempre com vontade de agradar, mesmo quando nem a ti te agradavas, a mim sempre me aquecias o coração e me davas Esperança, esse nome que era teu e te caracterizava, sempre foste um Mestre em toda a tua vida, e isso ficou demonstrado pela devoção que toda a gente demonstrava perante ti. Sim porque sempre foste para mim um santo, apesar de não acreditar neles tu sempre o foste para mim, como o teu próprio nome indica Mateus. Nunca te vou esquecer e todos os momentos que partilhámos estão no meu/nosso baú das recordações, porque de ti posso esperar grandes coisas amigalhaço.

O ciclo da vida

Música:
Papas da lingua
Eu sei (Lucana summer remix)


Falar, falar muito, muitas das vezes sem sentido, sem sequer acreditar no que se diz, muitas vezes em vão, outras para agradar, outras sem saber bem porquê. Enfim, é dificil, é dificil acreditar no que realmente se acredita, dizer o que realmente se pensa, saber a verdade porque nem sempre quem nos diz algo a quer dizer. Tudo é possivel, isto pelo ponto de vista de cada um, nem sempre se acredita nessa possibilidade, muitas vezes se questionam as decisões, será certo ou errado? Onde estaria agora se? Melhor, pior? Não sei sequer no que hei-de pensar, no que acreditar, se na minha realidade, se na realidade que não aconteceu, na realidade que crio, que por vezes acredito, naquela com que sonho, mas que não se realiza, que não se tornou realidade por ter escolhido a realidade que realmente é verdade. Sinto muitas vezes que não escolhi a certa? Sim, tantas quanto os dias que passaram. Arrependo-me? Tantas quantas senti não ter sido a escolha acertada. Acredito que a outra teria sido a acertada? Não, não porque assim não escolhi, não porque é esta que vivo, não porque é esta que realmente sinto, não porque é esta que por mais cruel que seja nesta momento, provavelmente não teria sido com a outra escolha que a teria evitado. Gostava de ter uma máquina do tempo e ter evitado tudo, ou apenas aquilo que não queria que tivesse acontecido. Mas teria dessa forma evitado o que sucedeu? Ou teria sido essa mudança, ou tentativa de mudança do espaço-tempo que terá provocado esta sucessão de acontecimentos, que quer queira quer não assim terminaram? A vida é mesmo assim e por mais que tente não a consigo controlar totalmente, e um desejo tenho em mente, nunca vou esquecer todos os momentos que relembro sempre que me lembro de ti.