quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Como é Vivida a Vida

Música:
ATB
Here with Me



Mesmo ao vê-lo todos os dias, nunca senti tantas saudades dele como agora. Não sei o que imagina, nem imagino o que possa pensar. Eu não, ponho-me no seu lugar e não consigo com a angústia de o imaginar. Uma dor que se apodera de mim ao o idealizar. Nos nossos monólogos, em que o único a ter parte falante sou eu, mas em que ele me responde, mas sem eu nunca ter a certeza da resposta dada. Quero acreditar que não é por piedade de mim, mas que é isso o que realmente sente. Só quero pensar dessa forma, para me aquecer o coração, para minimizar esta dor. Só sei que o tempo passa, a dor fica, mas esperança não se desvanece, só gostava de ter o dom de poder fazer mais, apesar de me esforçar por isso, vejo que por vezes é infrutífero, mas tento sempre ganhar forças para ajudar e dar força, dizer algo que o faça rir, sorrir ou apenas uma gargalhada. Enfim, algo que o faça fugir nem que seja apenas por um momento.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Momentos concorrentes

Música:
U2
Electrical Storm



Penso por momentos o que ocorre no resto do mundo, como andam as coisas, o porquê de algo aparecer feito, de como foi feito, dos momentos concorrentes que acontecem, nunca tinha parado para pensar nisso, mas agora que o penso, custa-me imaginar o corropio, o andamento de tudo o que não vejo, que não controlo e que é impossivel controlar. O tempo passa, os momentos sucedessem, os acontecimentos ocorrem, não se consegue controlar a vida. É nesta impossibilidade que tudo se torna claro, o que eu passo, mais alguém o passa, o que eu vivo, mais alguém o vive, não de forma igual, não com os mesmos sentimentos, não exactamente os mesmos acontecimentos, mas tudo diferente que acaba por ser tão parecido. Ao passar na rua vejo sorrisos, vejo abraços, cumplicidade gerada pela alegria e pela tristeza, vejo lágrimas que enchem rios e criam oceanos, sofrimento que ajuda a crescer, a criar uma casca e a sobreviver com maior impetuosidade aos acontecimentos da vida. Nestes momentos aprende-se a sorrir menos quando se deveria de sorrir com toda a alegria que a vida pode ter e a chorar menos quando se devia deitar tudo cá para fora. Pensar que ao me cruzar com alguém na rua, se pudesse entrar na sua mente, saber o que pensa, e dessa forma intranhar-me na sua vida, saber as suas dúvidas, certezas, sonhos e arrependimentos, e por sua vez continuar a cada passo a conhecer cada pessoa que comigo se cruza, aprender a cada momento, beber sabedoria com a pessoa mais simples, saber o que faz mover cada pessoa que por mim passa e dessa forma descobrir mais de mim, conhecer-me melhor a mim ao conhecer melhor quem faz parte da minha vida.